sábado, 2 de abril de 2011

Os efeitos dos Extremismos!

“Abomino as ditaduras de todo gênero, militares ou cientificas, coroadas ou populares. Detesto os estados de sítio, as suspensões de garantias, as razões de Estado, as leis de salvação públicaRui Barbosa (1849-1923) escritor e politico baiano, foi duas vezes candidto `a Presidente da R

Jamais no Brasil essas palavras foram tão verdadeiras na atual história contemporânea dessa nação e no Movimento LGBT.

Acabei de ler mais de 650 comentários sobre esse terrível episódio de um menino indefeso e solitário, em uma escola pública em território nacional, ser espancado com uma platéia passiva, violência essa que não é isolada no território brasileiro todos os dias e todas as horas. Essa pelo menos foi registrada pela tecnologia e exposta como troféu em uma rede social You Tube.

O que mais me incomodou depois dessas imagens lamentáveis, dessa agressão gratuita, dessa violência encapusada de coroneis mirins, foram as palavras pejorativas tais quais (viadinho), por pessoas que defendiam até mesmo a vítima.

Ao analisarmos as falas, percebe-se que a “Vítima”, passa a ser a culpada, pois se teve ou não relação com o seu algoz, isto não é relevante. Se anunciou ou não o ato consumado, isto, também não é relevante. Quem comeu ou deu, isto também não é relevante.

O que ficou explicito nesta salada de comentários (alguns infelizes) é ainda a culpa que o/a jovem afeminado/a, passivo/a passa a ser a causador/a dessas atrocidades sociais, dessas violências urbanas, ela é a culpada de ser espancada ou morta. Ela causou a furia no furioso moralista, doente, desequilibrado. Esse tipo de comentário passou a ser rotina no imaginário popular. A “Vítima” é a culpada! Matei, por que ele/a "buliram" comigo.
O ser humano
"perverso, pequeno, violento por natureza", não necessariamente precisa ser um "Enrustido", como muitos citam nos comentários desse triste episódio.

A falta de solidariedade e o acumulo de preconceito no ser humano, ainda é uma pedra muito pesada na balança da intolerância mundial.

Ver esse video, só estimula-me a continuar nesta luta sem fim, pois enquanto não mudarmos nossos conceitos, comportamentos, atitudes preconceituosas e pequenas, ainda continuaremos a nos deparar com tanta violência e mortes súbitas.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-CP6s1MmeIk#at=151

Por que se mata tanto no Brasil?

O que gera a violência gratuíta contra negros, homossexuais e pobres, nesta nação?

O que se fazer com atitudes enlouquecidas e palavras nazistas, extremistas do Deputado Jair Bolsonaro em entrevista homofóbica e racista chocante que abalou em rede nacional, expondo o preconceito terrível que ainda assombra o Brasi?

Como ele, tantos outros fazem isto todos os dias e continuam tendo o aval da mídia para fazerem suas propagandas HITLERIANAS diariamente.

Programas de televisão e radios são os maiores formadores de opiniões homofóbicas do Brasil.

Basta termos em nossas casas um programa chamado BBB! Lamentável!

Ainda vamos presenciar muitas cenas tristes como essas em território nacional.

“Sexualidade e Crimes de Ódio”

Ver Trailer

www.vagnerdealmeida.com

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Premiere "Janaína Dutra - Uma Dama de Ferro"

"Janaína Dutra - Uma Dama de Ferro"

Direção: Vagner de Almeida

Produção: GRAB - Grupo Resistência Asa Branca

Premiere 12 Maio 2011

Em fevereiro de 2004 falecia em Fortaleza, aos 43 anos de idade, a advogada Janaína Dutra Sampaio. O movimento da diversidade sexual brasileiro perdia uma de suas ativistas mais importantes, instalando-se um grande vazio.

Entre as muitas atividades em que esteve envolvida ao longo de sua vida Janaíina colaborou com o Ministério da Saúde na elaboração da primeira campanha de prevenção do HIV/AIDS entre travestis.

Este filme conta a história de vida e luta política de Janaína Dutra. Amigos, amigas e familiares relembram fatos e momentos da vida de alguém, que com muita coragem e sabedoria, soube mobilizar resistência e a luta das travestis por seus direitos humanos. Produção GRAB - Grupo de Resistência Asa Branca

O filme terá estréia em circuito nacional e internacional, em 2011. (mais)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sexualidade e Crimes de Ódio-TRAILER



Veja o filme no Amazon.com

"Sexualidade e Crimes de Ódio"

O documentário Sexualidade e Crimes de Ódio é o primeiro filme alternativo dirigido e produzido por Vagner de Almeida e co-produzido por Richard Parker.

Este documentário busca ser uma forma de protesto diante da extrema brutalidade cometida contra os homossexuais no Brasil. Crimes de ódio, oriundos de diferentes segmentos da sociedade. Para o diretor do filme, a igreja católica e os grupos evangélicos radicais são co-responsáveis pelo crescimento da intolerância ao lutarem contra os direitos civis das minorias sexuais. Em uma sociedade onde predominam os valores machistas, religiosos e moralistas contra a comunidade GLBT, a ausência de direitos já levou a morte a milhares de cidadãos(ãs) brasileiros.

Desde que foram iniciadas as filmagens na região metropolitana do Rio de Janeiro, vários dos protagonistas dos filmes foram barbaramente assassinados por pessoas que ainda se encontram em liberdade, assassinando impunemente outras pessoas da comunidade homossexual.

No país, só nos primeiros meses de 2008 foram registrados 45 homicídios contra gays. Um ano de violência homofóbica preocupante, pois esses dados se referem apenas aos casos registrados nas delegacias de polícia e nos laudos dos hospitais. Muitas das vítimas sequer chegam a serem reconhecidas após a morte. São assassinadas simplesmente por serem gays, lésbicas ou transexuais. Um grito de basta à intolerância é o que pretende ser este filme, dedicado a todos(as) que foram cruelmente assassinados no Brasil e no mundo. - (2008)

Premiere 2008 - (Galeria de Fotos)
Núcleo de Estudos para Prevenção da AIDS - NEPAIDS – USP, São Paulo
Cine Corsa, São Paulo (mais)
II For Rainbow - Festival de Cinema da Diversidade Sexual, Fortaleza, Ceára (mais)
1º Búzios Free 16 de outubro de 2008 (mais)
Centro Cultural Banco do Brasil, 3 de novembro de 2008
University of Texas at Austin - USA - 6 e 7 de março de 2009
PAM 13 de Maio , Rio de Janeiro - Brasil - 14 de março de 2009
IASSAC, Hanoi - Vietnã -abril 2009
Semana de Homofobia - Fortaleza, Ceará - Brasil -Maio de 2009

VII Seminário de Lésbicas, Gays,Bissexuais,Travestis e Transexuais no Congresso nacional - Direitos Humanos de LGBT: Cenário e Perspectivas - Brasília- DF - 18 de maio de 2010

Brazilian Film Series on Human Rights March 21-31, 2011 The University of Texas at Austin

domingo, 4 de janeiro de 2009

CAROS AMIGOS!

São 20:20... e o ano sai de cena em breve.Daqui a pouco 2008 se vai, nos deixando um rastro de muitas coisas para relembrarmos no futuro e não poderemos esquecer a lição que nos deixa e da história que será adicionada nos livros da vida.A todos que direta ou indiretamente estiveram presentes na minha vida emocional, privada e profissional, quero desejar-lhes tudo de positivo neste proxímo ano que se inicia daqui algumas horas...Que sejamos mais humanos, mais tolerantes e que nossos corações armazenem menos pequenezas nestes proxímos 365 dias que virão.Um beijo saudoso a todos aqueles que se foram.Um beijo do tamanho do mundo a todos que aqui estão para continuarmos juntos ou não, nesta nova trajetória de vida.Vivamos com dignidade e que possamos ter a coragem e a descência de deixar nossos semelhantes viverem assim também.O de sempre
Vavabrasil ou Vagner de Almeida
www.vagnerdealmeida.com

domingo, 16 de novembro de 2008

Respeito e Cidadania não combinam com Homofobia

Companheiros de luta!

Há muito oque questionar dessa situação atual, que mexeu com a comunidade LGBT nos últimos dias. Creio que seja prudente e a hora para refletirmos neste momento histórico do movimento LGBT.

Tenho uma lição de vida que diz assim:

“Esquecer a história é permitir que ela se repita: exemplo – o Holocausto”.

Pois bem, a mídia é uma formadora de opinião, não é? Correto?

Então o que se diz via esse veículo, fará uma imensa diferente no imaginário popular de cada lar do Brasil. Dentro de nossas casas e com os nossos pais e opressores também. Correto?

Pais homofobicos dentro de casa vão usar isto em favor da violência doméstica e esses cidadãos serão espancados, subtraidos, pré julgados ou até mesmo expulsos de casa. Todos que não estejam dentro dos padrões heteros normativos serão julgados. Pois os filhos deles não são como desse casal da televisão. Os próprios pais sentiram que não conseguiram oque desejaram para seus filhos. Dupla culpa e consequentemente os/as filhos/as sofreram as consequências disto seguido das culpas: “Aonde errei? – Dentro da minha casa não tem viado – O que os vizinhos irão falar? Vergonha da família e etc...”

Então essa Sra e esse Sr ao se pronunciarem do jeito que fizeram perante as cameras no Brasil inteiro, eles formaram uma opinião sim. tanto é, que nós estamos traçando linhas escritas entre nós. Nos manifestando, pois o que disseram, criou em nosso imaginário questionamentos sérios. As palavras deles não passaram em vão. Eles mexeram com uma comunidade. Eles ofederan pessoas. Mesmo que tenham a liberdade de se expressarem, eles para alguns, se expressaram de forma leviana em rede nacional de televisão.

Isto pode pesar contra para o movimento e até mesmo surtir efeitos positivos para a oposição que está travando, lutando contra o PL 122 e adicionar a tantas outras formas de homofobias silenciosas.

Eles são responsáveis pelo que disseram na mídia e vão ter que assumir a resposnsabilidade do ato. Infelizmente isto estará esquecido pelo movimento em alguns dias e as pessoas estarão omissas ao fato ocorrido. Outro momento lamentável também de nossa história.

Nossos pais nos formam sim! Seguindo as diretrizes que eles nos traçam, podemos ser do bem ou mal.

Matar homossexuais ou espanca-los até desfalecerem é também uma lição que se aprende com familias, que educam os seus filhos bem. Somo animais irracionais e nos chamam de seres humanos.

Jovens ricos espacam domésticas em pontos de onibus e encendeiam indios em plena cidade urbana. Todos criados como filhos de familias iguais desse casal da tv. Todos souberam criar os filhos e os mesmos deram no que deram. Monstros fabricados em meio a tradicional família brasileira. Por isso reafirmo que não sabemos o que os nossos filhos serão.

Quando vemos pais ensinando os filhos a darem porrada nos afeminados, eles naquele exato momneto estão ensinando os filhos a serem machos “como de desejo de todos os Pais”. Todos sem excessão querem filhos machos e filhas femininas. Tudo que sair desse padrão é condenável, vira piada, é despresível, necessita ser punido. Com raras excessões, pois elas existem e famílias tolerantes também fazem parte desse universo d etantas contradições.

Filhos gerarão o ódio, mediante o que as famílias lhes ensinam. Crianças não nascem perversas, racistas, homofóbicas. Não importa se nasçam ou cresçam em famílias do bem ou do mal. Não basta só saber criar, temos que promover outras fontes fundamentais no carater de nossos filhos, de nossos futuros cidadãos, de pessoas que exercerão a solidariedade, a civilidade e saberão conviver com as diferenças, sejam elas quais forem.

Fui criado em uma família que me ensinou a não me misturar com homossexuais (neste exato momento estava apredendo a ser intolerante com o meu semelhante) e hoje eu sou um gay bem resolvido, convivendo entre heteros e bissexuais, travestis e transsexuais, ambiguos e pessoas sem direção ainda. Mas poderia ser o contrário, pois não aprendi a ser bem resolvido com a minha sexualidade. Teria que ser macho ou levaria porrada. Não levei porrada da minha família, mas aprendi a ser um homossexual com carater e me fazer respeitar.

Por esse motivo a minha revolta a todos que desrespeitam a diversidade dos outros. Incluíndo a de querer ser macho autêntico. Existem também o macho do bem. O homem másculo, aquele que sabe o que quer sem ter que provar nada.

Com qual ferramentas esse “casal” sabe que os seus filhos serão ou não machos, heteros, homossexuais, assassinos, ladrões ou grandes lideres? – Tolos os que pesam que podem traçar o destino do ser humano.

Infelizmente tanto a pergunta do apresentador, quanto a resposta e a adição do comentário dos demais, dos convidados, foram infelizes.

Isto mostra muito bem o que a sociedade pensa dos homossexuais no meio dessa revolução atual toda. Um termometro de uma panela de pressão foi o comentários dos dois.
Esse casal simplesmente se expressaram como eles realmente pensam. Gostam de gays, por que eles compram ingressos para os shows, seus DVDs, CDS e as bugingangas que vem com seus nomes. Nada mais do que isto.


Respeito é contruido e não só demonstrado perante cameras de televisão, você tem respeito ou não tem. Não há meio termos nesta situação. O que foi dito, para mim, foi uma grande falta de tato e respeito com a comunidade LGBT ou qualuqer outro seguimento oprimido. – Ando cansado do politicamente correto, quando na verdade a sociedade está muito dividida no politicamente incorreto.

Estamos em um momento histórico em que nada se pode deixar passar em branco ou será usado contra o próprio movimento. Isto não significa que estejamos sendo menos ou mais, simplemesmente estamos adquirindo experiências para podermos usa-las na hora certa. A homofobia seja ela qual for, dita por quem quer que seja, é condenável, mesmo que seja sem intenção ou venha de populares famosos ou não, religiões extremistas ou pessoas formadoras de oponião.

Eu propriamente acho imperdoável, um apresentador de televisão, um lider, um vizinho, uma pessoa famosa na mídia, enfrente as cameras, endossarem o padrão “macho”, aquele ser, o qual nem a própria mulher ele respeita. Fico impressionado ver uma mulher dizer que prefere um filho macho, um cidadão macho que subtraem a mulher e dominam com a sua capacidade de provedor, comedor e dominador.

Mesmo que estejamos dentro uma democracia plena, as pessoas que têm preferências como dito por essa Sra reafirma o ódio contra os homossexuais e isto é inconcebível. Pois é nada mais, nada menos, do que endossar a matar ou dar porrada na primeira pessoa afetada que passar na frente deles.

Mesmo quando falamos isto em forma de piada, como vemos na TV brasileira em diferentes programas de massa. Basta ligarmos a TV e o “O Pânico” está lá colocando as pessoas na mais reles posição de submissão. Esse casal “heterossexual” fizeram o mesmo ao falar o que falaram na televisão. Mais uma vez a mídia protagonizando o circo dos horrores e isto vem se repetindo por toda uma geração da mídia sem nenhuma punição.

Preferências todos nós temos, mas nem por isso podemos ou devemos usar as nossas preferências como meio de indução a violência, seja ela verbal, física ou psicológica.
A oposição ao PL122 está só esperando esses ganchos de massa para provarem que somos menores, sem direitos, pervertidos e como dizem muitos, doentes.


Não consigo na minha história de vida e luta, separar ou perdoar homofobia de quem quer que seja, inclusive até dos amigos e familiares homofobicos. Não lhes dou o direito a isto e não importa o que pensam sobre a minha atitude.

O nosso movimento não está envelhecido, muito menos amadurecido, algumas pessoas, pouquíssimas, assim eu diria, estão amadurecidas e atuantes, porém a maioria da comunidade ainda não sabe para onde ir e não fazem muito ou nada para que essa realidade possa mudar.
No dia 3/11/2008, no CCBB do Rio de Janeiro, ao ouvir na estréia do meu filme “Sexualidade e Crimes de Ódio”, o qual poi seguido de debate, que só tinhamos ainda 100 mil assinaturas contra a homofobia por um amigo amadurecido no movimento. Eu confesso que gelei. Acreditava na minha inocêncioa que já estariamos cerca de um milhão de adesão ou mais. Para a minha surpresa e dos demais só temos um pouco mais agora de 100 mil assinaturas.


Por favor companheiros, entrem na campanha e peçam adesão www.naohomofobia.com.br

Temos que correr contra o tempo, pois se conseguimos colocar, segundo as estátisticas, mais de um milhão de pessoas em paradas gays nas ruas, então estamos correndo em círculos como ratinhos de laboratórios. Com tantas paradas e ainda não conseguimos o nosso milhão. Creio que estejamos carentes de pessoas endossando essa causa. O que fazer? Tragam sugestões! Aonde estamos errando!

Possivelmente todos nós que estamos nos expondo e nos manifestando, não poderemos agradar gregos e troianos, até mesmo dentro do movimento, mas creio que seja o momento em nossa história, em que gregos e troianos necessitarão criar uma união, para que possamos derrubar esse tipo de atitude e comportamento homofobico que a sociedade brasileira vem demonstrando todos os dias.

Basta olharmos para os nossos companheiros sendo assassinados, espancados e expulsos de suas casas para entendermos melhor a necessidade de repudiar, o que esse casal e tantos outros personagens populares e formadores de opinião vêem fazendo contra a comunidade LGBT. Boicota-los, também é uma medida positiva, pois foi assim que Gandhi e outros grande lideres conseguiram vencer as suas revoluções.

Atenciosamente
Vagner de Almeida
( ver o trailer do meu filme abaixo para poderem entender o meu ponto de vista, caso o que foi escrito acima, não tenha sido suficiente)