Confesso que não estou confuso, mas preocupados com tantas balas perdidas rasgando o nosso cotidiano.
Quero ser “Canonizado”, tenho esse direito! Faço milagres todos os dias como os outros 175 milhões de brasileiros atordoados neste sistema da Pátria Mãe Gentil. Somos Santos em viver neste país! Para o “Papamovel”, eu quero descer e fazer parte do povo nas ruas embasbacados com um homewm como nós regendo a orquestra de tantas pessoas aflitas por milagres, soluções, esperança e pavor de não verem nada mudar nesse sistema de vida social que levamos nos dias de hoje principalmente nestes dias de total violência urbana. Parem o Papamóvel brindado, pois queremos o Papa no meio de nós e das balas perdidas. Temos também o direito de um Papamóvel.
Hoje acordei com o joelho torcido!
Pois é, nada é perfeito e já poderia colocar a culpa na idade! Mas não foi ela (a idade) que torceu o meu joelho! Por mais que as pessoas tenham que mencionar que nesta idade tudo de ruím acontece conosco. Xó encosto trancador de emoções felizes!
Foi eu mesmo carregando caixas pesadas na mudança. Caso tivesse sido na primeira caixa ai eu exclamaria, esbravaria, emputeceria aos berros dizendo:
“Não tenho mais idade para isto! Bla, bla, blas... todas as referências seriam sobre a idade” – Somos tão chatinhos conosco mesmos!
Mas para minha alegria e a má sorte do joelho, foi na vigéssima terceira caixa (23) e ao sair debaixo de uma mesa. Percebi que o corpo estava começando a ficar esgotado e eu não soube respeitar os seus limites. – Tento convencer-me que não foi a idade, mas sim esgotamento físico dessa argamassa fofuda acima da média e em cima do meu joelho! – Resultado, uma peregrinação ao hospital, Raio X, pilulas, duas muletas “Sadomaso = SM” embaixo das minhas axilas, e a luta com o plano de saúde para pagar as contas. Peregrinação ao hospital e não à Aparecida do Norte, para idolatrar o Bento.
Sentado em uma cadeira inconfortável na frente de uma secretária bonitinha latina no hospital, sabem o que ela me perguntou em primeiro lugar?
“Qual é a sua idade?” – Respondo orgulhoso da vida. Quase 50, ainda falta 30 dias e terá festa! – Não vi nenhuma manifestação na face da desagradável secretária.
Piorou um pouquinho mais quando perguntou pelos “Pounds=Quilos” – Tive que responder, pois é o joelho que sustenta meus 220 pounds ou 98 kilogramas de excesso no corpo.
Neste momento não sorri não! Fiquei sério com a cara enrrugado igual a um marácuja seco. Mas não teve jeito, a deselegante secretária oxigenada (os cabelos) me perguntou mais uma vez.
Quantos quilos Senhor Almeida? – Tive que responder! – Conclusão! Disse o que eu já sabia, pois estou acima da média e o meu joelho não consegue suportar mais do que 76 quilos. Inrritante essa secretária com os longos cabelos mau tratados! Xó estrupício do além! Você não é médica para me dizer o que eu tenho ou não, deva ou não fazer.
O importante é contínuar a seguir a maré, pois venho navegando por muitos anos neste mares nunca dantes navegáveis por mim mesmo. Camões me atropelou agora... Ichi! Pediu para cita-lo e lá vou Camoesninhando na vida
Nasci nos anos 50, propriamente em 1957. Foi barra para mudar todos os conceitos de várias gerações. Inclusive observando a minha mãe tendo que se acomodar aos maneirismos dessa década e das próximas que viriam. Doméstica, pobre, jovem, possívelmente algumas vezes feliz.
Como nós crianças podemos entender o “mood” de nossos pais em épocas tão remotas de nossas infâncias.
Dou um salto para trás e me pego na modernidade daquela época, coisas que transformaram as nossas vidas, a minha vida.
Observando a história só passaram 50 anos desde que apareceu a televisão. Assistia os meus programas favoritos “Durango Kid, Os Invasores, Zorro, O Homem de Virginia, Speedway, Os Três Patetas, Perdidos nos Espaço” do lado de fora da casa de D. Carminha, disputando um espaço na janela com os outros guris da comunidade. Uma televisào para mais de 50 crianças embriagadas por aquelas imagens da televisão. – Eu era o primeiro a chegar e dali ninguém me tirava. Era truncudo e brigão. “Galinho Garnizé”, como D. Carminha me chamava. Mas ela gostava de mim. Limpava o jardim dela de graça, assim poderia ter o meu lugar cativo na janela da sala dela. Eu era pequeno e tinha que subir em uma pedra para poder ver as imagens. Desde cedo fui malabarista. A TV só chegou na minha casa no final dos anos 60... quase 10 anos depois. Ou bem me lembrando no início dos anos 70. Como já me referi, um ano de imensa felicidade para mim e principalmente com a chegada da TV na minha casa e tendo uma antena infeliz de recedpção, que só recebia os sinais no alto de “Morro dos Ventos Uivantes”. Tinhamos que ir lá todos os dias para capitar o sinal. Era uns gritos de baixo para cima e de cima para baixo. Vivi lá em baixo e eu lá em cima. “Prá direita! Prá esquerda! Devagar! Um pouquinho mais! Menos! Mais... Prá lá, prá cá” – Sentia-me cantando tonto Elis Regina “Dois Prá, Dois Prá Cá” – Um alvoroso e a vizinhança se aglomerava para ver a Epopéia do “Vira”. Só nós tinhamos agora TV na comunidade. Eramos Reis e Rainhas. Ninguém ficava mais de mau comigo. Acabou as pelejas do: “Tá de mau como sal na panela de mingal. Tá de bem, meus parabéns” - Mas nem tudos eram flores com aquela nova tecnologia comprada em infinitas prestações na Casa Bahia da época, a “Ducal”! A infeliz da antena quando conseguia pegar um sinal, bastava passar uma brisa pelo vale e ela mudava de lugar.... Isto sem falar que a precariedade era tamanha que essa antena era amarrada em um “bambú que balançava, virava, retorcia, emborcava, mas não caia”.
Mesmo com a imagem distorcida, cheia de formiguinhas como todos nós diziamos , quase impossível de vermos as pessoas, nós nos deliciavamos com tantas novidades como as telenovelas. Assunto do dia seguinte eram os capítulos das novelas e adicionado aos comentários do “Pai Patrão Machão”, dizendo que “Novela era coisa de mulher desocupada” – Mas futebol não era coisa de babaca machão violento.
Existia coisa pior do que a esposa ter que ouvir nas tardes de domingo futebol em um rádio de válvulas com chiados, ruídos extra-terrenos?
Pois eu acreditava que os invasores do espaço entravam pelos rádios de nossas casas.
Mesmo com os comentários ácidos do meu pai eu mergulhava nas emoções dos foletins das grandes novelas, agora televisionadas.
Sou da época de: [podem gargalhar de mim]
“Sangue e Areia, A Grande Mentira, Minha Doce Namorada, Selva de Pedra, Dona Xepa”... e a Buzina do Chacrinha nos adiconando o besteirol e ovacionando o povo com “Bacalhau e Abacaxi” e Flávio Cavalcante nos dando um banho de cultura.
Aida sou da época também de radio-novela, fotonovela, gibis e programa de auditório da Rádio Nacional. Desde cedo já era plugado nas coisas, nas novidades e morava lá no “Rancho Fundo bem prá lá do fim do mundo”. Gargalho das saudades bonitas!
Esqueci de comentar que a televisão era a ZENITH e a vizinhança invejosa falava para a minha mãe que a marca boa era a PHILCO. Mas para nós gurizadas o importante não eram as marcas, mas sim as imagens. Sempre achei crianças mais inteligentes do que adultos.
Etá tempo bom que até com a inveja era gostoso de se brigar.
Apesar de tudo eramos uma comunidade de tantas diversidades étnicas. Tinhamos centenas de culturas de toda parte do mundo. Tantas histórias de vida, centenas de fragmentos de saudades dos entes queridos na Europa, Africa, norte e nordeste do Brasil, população indigena e ciganos. Acreditem-me a minha geografia de vida, minha filosofia de existir com propositos positivos na vida, minhas verdades e mentiras começaram todas ali, naquela comunidade na história dos tempos. Eramos brasileiros, judeus, portugueses, espanhois, russos, alemães, paraguaios, paraibas, maranhenses, americanos do norte, franceses, polacos e muitos sobreviventes do holocausto.
Todos sem excessào nos contavam histórias de suas terras. Tristemente tenho que confessar, que a televisão na casa de D. Carminha e na nossa casa desconstruiu um pouco esse universo fantásticos dos “Contos de Vidas”. Poderia disserta-las muitas das histórias que foram contadas para nós gurizadas no quintal, embaixo de um pé de Araça, Jabuticaba, Mamoeiro. Todos nós de pés no chão! Bicho de pé, Barrigão de Lombrigas, Carrapatos e Mosquitos, também faziam parte dos cenários daqueles tempos.
Agora foi a vez da segunda novidade da casa! O chuveiro elétrico Lorenzetti! Banho quente de gotículas finas! Com a chegada dessa invenção, que nos dava muito choques na hora do banho, a bacia e a chaleira de àgua quente foram abandonadas, foram aposentadas, até quando a conta de luz chegou no mês seguinte. Foram gritos e sussurros dentro de casa. Evidentemente a “Culpa” caiu sobre mim, pois alegaram que eu é que ficava embaixo do chuveiro por horas. Pais exageram tudo! E nem tinhamos telefone na época.
Não tive problema de retorna a minha amada bacia de banho. Cada um tinha a sua. A minha era grande de cobre, pesada e velha. Passei horas a fio ali dentro pensando na vida, saindo de uma infância sem muitos pecados ainda e penetrando em um mundo de descobertas sacanas, impuras, maravilhosas, descoberta do corpo, dos pelos, das infinitas ereções na hora do banho... que delícia, que saudades bonitas de ereções infantis, simples, sem criatividade, sem medo (em termos sem medo). Pois teria que confessar no domingo ao padre sobre as minhas 20 ereções diárias. Mas eu reduzia os números e só confessava uma meia dúzia delas. As mais simples, assim a punição era menor. – Mas o meu temor maior era da minha Vivi, pois se ela me pegasse com o pirulito ereto, poderia me penalizar com coças, castigos e trabalhos extras como por exemplo; limpar galinheiro, chiqueiro, lavar os cachorros todos e por ai a fora... Mas nem isto contiam as minhas pecaminosas ereções Nelson Rodrigueanas. Sempre amei sexo! Quero ter cem anos fazendo algum tipo de sexo. Nem que seja retornando as páginas inocentes das revistinhas do Zéfiro.
Podem rir, gargalhar, pois eu gargalho muito!
Mas sou do tempo do pinico embaixo da cama, banho de bacia, fogão de lenha de esmalte branco, fogão de querosene, fogão de 4 bocas de bojão da Gásbras, mesa de formica com 4 cadeiras de cores diferentes, filtro de barro, picolé de anelina verde, pinguim em cima de geladeira, tapete de trancinhas, cachorro latindo atrás do próprio rabo, casa com telhas coloniais. Mas para adorna-las havia um pé de pêssego que se debruçava sobre elas. Isto é bonito demais, não é? Sou do tempo do interruptor de luz preto, do rádio e rádio-novela, programas de auditório na PRD3 de Petrópolis. Estavamos lá todos os santos domingos, evidentemente tendo ido a missa pela manhã na igreja do Retiro. Um borogodô, mas depois de engulir aquela argola branca chamada de “Ostia”, necessito ser Canonizado por isso também. Hoje pareceria até como se fosse uma camisinha. Depois desse ritual forçado, ia correndo comprar mariola, pé de moleque, lingua de sogra, pirulito Zorro e chiclete rosa açucarado na quitanda do Sr. Zé Mário. –Ih! Lá vem a idade de novo! – Açucar hoje só adoçante, pois a Diabete pode gritar. “gargalho da minha diabete”
Não posso esquecer a Declaração dos Direitos Humanos e as Revista Playboy e Fairplay. “Comentário espécial a Revista Playboy pois do Zefiro eu já descrevi na última crônica: todas as coelhinhas da época estão nas casas do 70 ou 80 anos... amava ver essse revistas escondido. Ficar escondido com uma revista na mão era muito excitante. Todas vinham lacradas a sete chaves e os jornaleiros da época ainda eram éticos e nem que chovesse canivete eles vendiam uma revista dessa para menores de 18 anos. Meu pai e seus colegas tinham aos montes. Também trancadas a sete chaves, pois as esposas não podiam descobrir que eles se deliciavam com as inocentes coelhinhas playboyanas. Ao descuidarem das revistas, lá ia eu pega-las e folhea-las por horas e depois me debruçava nas fantasias em minha bacia de cobre na hora dos infinitos banhos diários” – Adendo! A àgua era fervida no fogão de lenha de esmalte branco. Tinhamos que economizar gás. Chuveiro passou a ser uma coisa meio dominical e para as mulheres da casa. – não achava nada correto e ético essa diferenciação entre o macho e a fêmea na hora dos banhos no Chuveiro Lorenzethi.
Casar era para sempre, sustentar os filhos era somente até quando eles conseguissem emprego, as certezas duravam a vida toda e os homens eram os primeiros a serem servidos na mesa de jantar. Lembro-me do meu pai sentado na mesa e reclamando da comida sempre. Um dia com muito sal outro dia sem sal. Passei a minha infância toda vendo a minha mãe ser a última a sentar-se na mesa, exausta, muitas das vezes deprimida por escutar tantas críticas injusta sobre a alimentação preparada com carinho.
Casar era para sempre, mas só que nos anos 70, ela “Vivi e tantas outras” conseguiram romper as correntes dos casamentos. Ela cantou Vanusa em voz alta naquele dia “Hoje eu vou mudar...”. Parabéns Vilma Esteves da Silva (nome de solteira). Mulher de aço, ser de luta, guereira sem armas na mão.
As avós “Cacilda Dorothéia e Catarina” eram umas velhinhas submissas aos seus “Donos=Maridos”. Hoje, essas mulheres de 40 ou 50 anos viraram um outro ser. São mais fortes, mas audaciosas e consequentemente estão também mais sozinhas. Melhor assim do que ter que aguentar insuportáveis maridos, malas sem alças, sem rodinhas e com o zipper arrebentado. E quando não violentos ou não assumindo as suas impotências. Isto não descarta também das esposas horríveis que existem por ai. Tanto lá quanto cá, porcaria também há!
Vamos culpar! Culpa das guerras dos sexos e do mundo? Das Pilulas e dos Viagras ? Da internet dando uma falsa liberdade de que tudo é possível desde que teclamos no site certo? Da famigerada e amigável globalização? Do muro de Berlim? Da televisão e da tecnologia com controle remoto nos adicionando a obsidade? Necessitamos “Culpar”, pois culpa faz parte de nossas vidas. Interessante ressaltarmoss que a “Culpa” é sempre dos outros ou de alguma coisa. Nunca a nossa, mas a de alguém. Aprendi muito com o seriado “Malú Mulher”.
Fui um adolecente sedento em querer aprender e queria decidir a minha própria vida dentro da casa dos meus pais e da Ditadura da época. Lutas constantes em todas as frentes. Tudo isto porque eu não queria que eles decidissem como eu deveria agir.Acreditava que nós eramos/somos nossos "próprios donos". Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Acreditava que não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes.
Isto era demais para uma época em que tudo necessitava de hierarquia ditatorial. Dentro de casa, fora de casa, na escola, na rua, nos biscates que faziamos. Amavamos as nossas professorinhas, mas eramos reprimidos pelo "Pecado de Amar uma mulher mais velha, santa, quase se igualando as nossas Virgens Mães"
Que sofrimento, que tormenta!
Oh! Vida Cruel! “Dr. Smith e o robô” no seriadoe Perdidos no Espaço.
Mas eu era feliz do meu modo Hiponga.
Meu cabelo Afro/Pichaim Loiros de Parafina e Àgua Oxigenda, foi esticado a pente de ferro quente, passei pasta alizante e fiz cachinhos com a parafina... nem sei por que o cabelo não caiu. Era um Hippie que tomava banhos! – Não mas só na bacia, mas na casa dos pecados que residiam aos lados. Época de imensa e forazes sacanagens. Que tempo bom! Paro por aqui ou terei que colocar as tarjetas negras nas frases.
Como as coisas mudaram nos dias de hoje. Até morrer ficou diferente. Na minha rua existiam velhinhos que morriam aos poucos. Ficavam uns dez anos morrendo e isto acontecia logo depois de completarem 50 anos. Hoje se morre com 80 ou aos 90 e é vapt-vupt. O Vapt-Vupt são as “balas perdidas, o colesterol, o estresse ”. Observa-se que em pouco anos atrás se morria aos 50 e já eramos velhos. Hoje eu me sinto com quase 50 e não estou velho, pelo menos para mim. Gargalho de mim mesmo, tentando convencer os demais sobre o “Bom Astral dos meus 50 anos”
Recebi algo muito relevante na internet e quero adicionar com as minhas crônicas da minha travessia ao meio século de permanência neste sistema. Faz, fez, está fazendo parte do meu show. “Viva Cazuza, brincamos muito nos anos 70 em Petrópolis, no Pier de Ipanema e nas "festas proíbidas pela censura”
Em 50 anos tiraram a filosofia da educação básica, e como o pensamento era reprimido pela revolução, tudo virou libertação: Pedagogia da Libertação - Teologia da Libertação - Psicologia daLibertação. Deu no que deu: - Burrice liberada. - Burrice Eleita! Nada mais verdadeiro do que o BBB e tudo que a mídia nos apresenta nas telinhas domésticas.
Para as pessoas de mais de 40, 50 anos, palhaço era o Carequinha. Que esteja em algum lugar do universo levando e trazendo todas as alegrias que ele me proporcionou aqui neste sistema. Ri tolamente das belas tolices Carequinianas. Hoje o povo inteiro é meio palhaço, meio pateta. Ladrão era Meneguetti e o Bandido da Luz Vermelha. O caso da “Fera da Penha”.
Hoje os ladrões tomaram conta dos palácios, da Câmara Federal e de uma cidade que não existia, chamada Brasília. Ângela Guadalquinin dançaria só na zona do baixo meretrício e olhe lá Mas a mídia liberou a Dança Garrafa. E Presidentes da República eram alfabetizados, ditadores e generais. Respeitadores da moral e dos bons costumes, tudo que não tocassem em suas ideologias facistas.
Amigos e amigas os quais já passaram ou estão nos “50, 60, 70, 80, 90 Ões” da vida. Abaixo seguem as seguintes emoções daquelas épocas. Vocês se lembram de:
1 - Experiência com feijão e arroz germinando a gente fazia na escola
primária e não em vôo espacial, pago a 12 milhões de dólares.
2 - Dia da Mentira não era data nacional.
3 - Piercing quem usava era índio botocudo.
4 - Tatuagem era em criminoso do bas fond.
5 - Mansão do lago era algo de filme de terror e não lugar onde ministro
divide dinheiro.
6 - Caseiro não era mais ético do que ministro.
7 - Quadrilha era dança junina e não razão de existir de partido político.
8 – Soltar balão e fogos não era significado de chegada de drogas no pedaço e nos Morros.
9 – Pipa não era para avisar que os macacos estavam subindo o morro, para iniciar mais uma guerra civil naquela comunidade.
10 – Parafina passei nos cabelos nos anos 70 e na minha prancha de surf, que andava mais embaixo dos meus braços do que dentro da àgua.
11 - O Clube dos Cafajestes eram uns inofensivos Playboy´s cariocas e não um País inteiro que se vangloria de ser “Solidários Pitbulls”. – Começo a repensar sobre essa palavra na “Amada Pátria Gentil”.
12 – cantei o Hino Nacional, O Hina da Bandeira e tantos outros hinos todos os dias no pátio de minhas escolas, em filas cadenciando a sua série e altura, antes de irmos para as salas de aula.
Saudades de uma disciplina que na época odiava, repudiava, mas foi ali que me ergui como cidadão brasileiro que sou. No meio de tantos detritos, me sinto ainda alguém que tem a coragem de dizer que tenho “Orgulho de Ser Brasileiros com Letras Maiúsculas”
13 - Movimento social era reunião dançante. Creio que o PT foi até criado em uma dessas reunião farway from a atual Brasília contemporânea. Idos tempos em que jovens bem intencionados, faziam das Movimentações, verdadeiros Movimentos Sociais. – Fui muito feliz no “MAS – Movimento de Ação Secundarista”
Vamos gargalhar, pois essas são ótimas!
Mexer nas gavetas do passado é tirar a velha Astola de Raposa Falsa comprado no armarinho do Turco da esquina. Bons tempos! As pessoas de mais de 40, 50 estão assim meio tontas, mas vão levando e se entupindo de PROZAC e todos os ZACs do mercado farmaceútico.
- Fumaram e deixaram de fumar. Adquiri-se cancer, mau hálito e ficou meio “Cafona”. Mas esse vício segundo os evangélicos e demais seitas e religiões é coisa realmente do “Demo” e dos milionários fabricantes dessa caixinha com 20 cigarrinhos poluentes e que consomem quem fuma. Detalhe! Eu nunca fumei na minha vida, por pura opçào de não querer mesmo. Desde cedo achava que era caro e que o meu dinheiro, parcos trocados eram melhor usados, usufruídos em outras coisas, inclusive em inocentes figurinhas de albúns que adorava colecionar.
- Minha galera não bebeu whisky nem com muito gelo e nem com pouco. Era chique, mas só para ricos, magnatas, doutores e hoje os mesmos trocaram o "White Horse" e só bebem água mineral. A sirrose gritou! Igualzinho a pinga que o Pé De Cana com sirrose também, tomou nos bares das esquinas por muito menos. Até a pinga nesta época era discriminada. Como os tempos mudaram e hoje temos as Universidades das Cachaças Brasileiras. Pinga no passado! Àgua ardente da pesada no quentão das festas juninas. "Noite de junho, céu estrelado, balão subindo clareando a multidão..." Que saudades bonitas!
- Foram marxistas (eu não fui) até descobrirem quem era Harpo, Chico e Groucho, e que marxismo é um grande engodo.
- Ninguém tem mais certeza de nada e a única música que dos Beatles ainda toca é "Help". Mas não podemos esquecer da Aquarela Brasileira e das Bachinas Brasileiras na voz de Bidú Sayão, nos embalos da Banda Blitz dos na Pedra do Pão de Açúcar na ainda meio pacata cidade do Rio de Janeiro. Mas o Esquadrão da Morte já perambulava por Duque de Cáxias e Tenório Cavalcante era o home da Capa Preta. Saudades, saudades das Frenéticas! “Quanto mais a mulher jura, gostar de homens eruditos, tanto mais elas procuram, um tipo burro e bonito” – adorável meninas que abrilhantavam nossas vidas de “ado-borre-centes”
Pára Brasil, que os caras de 40,50,60,70,80,90, querem descer!!! – Eu quero ficar, sentar e ver um Brasil melhor passar na minha frente. Mesmo que a nossa realidade seja de fazer vergonha! Pior, é que nos dias de hoje, raros são os que sabem oque é "vergonha". Mesmo assim, ainda quero ter mais 50 anos para ver alguma coisa acontecer que não me traga “Vergonha” e sim "Orgulho".
O tempo passa e com ele caminhamos todos juntos sem parar!
Adoraria saber aonde estão todos os meus amigos/as do primário, ginásio, curso de contador, científico, faculdade e a velha turma da praia. Etá saudades de “oceis”.
Brindo com todos vocês a “Vida”, estejam aonde estiverem... ergo a taça da Vida a todos vocês, a todos nós.
Saravá e desde já, muitos anos de vida para mim e para todos nós!